A clausura da Ordem da Imaculada Conceição
A clausura dos Mosteiros de Monjas de vida integralmente contemplativa é um modo de unir-se mais profundamente à Paixão de Cristo e de participar de um modo particular em seu mistério pascal.
Esta clausura, além de sinal de separação do mundo, essencial à vida contemplativa, constitui uma opção de solidão e recolhimento, para viver a vida contemplativa em deserto, em despojamento e em amor crucificado e crucificante.
Nasce da sabedoria da cruz e manifesta-se no ocultamento da vida escondida com Cristo em Deus (Cl 3,3).
A clausura da Ordem da Imaculada Conceição contém uma opção de silêncio que facilita a oração, a ordem, a paz e a unidade da pessoa para o encontro com Deus.
Neste encontro, a concepcionista é com Cristo sacrifício de louvor oferecido ao Pai em nome dos homens e mensagem de amor, de paz e alegria que Deus oferece ao mundo.
As Irmãs Concepcionistas realizam o seguimento de Cristo, a exemplo de Maria, no silencio que facilita a escuta da palavra, na obediência aos planos de Deus sobre o mundo e a própria pessoa, nas simples tarefas cotidianas da vida e na entrega generosa da capacidade de amar, do desejo de possuir e da liberdade de dispor livremente da própria vida.
Vivendo em clausura por amor a Cristo, as Monjas Concepcionistas renunciam ao serviço imediato da promoção humana e à presença física no mundo, convertendo-se em semente fecunda que do sulco aponta para a Ressurreição, em contemplação, onde Cristo renasce a cada dia no mundo e em anúncio peculiar da morte do Senhor até que ele volte (1Cor 11, 26).
A Concepcionista, fazendo-se escrava do Senhor, como Maria (Lc 1,38), proclama em atitude contemplativa a soberania absoluta de Deus. A contemplação é o seu apostolado. Com ela honra o povo de Deus, move-o com seu exemplo e o dilata com misteriosa fecundidade apostólica, tornando presentes o novo céu e a nova terra (Ap 21,1), onde Maria se encontra em corpo e alma.