Conceição ou concepção é o fenômeno natural que dá princípio à formação do ser no seio materno. Todos os mortais ao serem concebidos recebem, com a vida natural, a mancha do pecado original, herdado por todo o gênero humano dos primeiros pais Adão e Eva. Esta lei geral contou com uma única exceção: Maria, a Mãe de Jesus, pois sendo destinada a ministrar um corpo humano ao Filho de Deus, era incompatível que estivesse um só momento sujeita ao pecado.
Maria, portanto, ao ser concebida, não contraiu a mancha do pecado original, foi concebida sem pecado. E visto ser ela a única criatura agraciada com tal privilégio, o fato foi nela personificado de maneira a ser chamada: a Imaculada Conceição, título que ela confirmou, repetindo-o a Santa Bernadete nas aparições de Lourdes: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
Maria Santíssima concebida sem pecado original é a mais perfeita criatura humana. É o reservatório e distribuidora de todas as graças merecidas por seu Filho Jesus, a favor de todos nós feridos pelo pecado, mas regenerados pelo sacrifício salvador de seu Filho Deus.
Maria, estreitamente unida a Cristo pelo mistério de sua Conceição Imaculada, foi predestinada, desde toda a eternidade, para ser Mãe de Deus. A Imaculada Conceição é, pois, o Mistério que preanuncia a existência e o significado de Maria.
Maria, modelo excelente na fé e na caridade, crendo e obedecendo, gerou na terra o próprio Filho do Pai e cooperou de forma toda singular pela obediência para a restauração de vida sobrenatural das almas.
A Igreja Católica em sua liturgia celebra a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria no dia 8 de dezembro. O dia é de preceito para os católicos, comumente chamado também de dia santo de guarda.